O Contributo de Severino Elias Ngoenha ao Desenvolvimento da Filosofia Africana

Resumo

O presente artigo objectiva apresentar algumas das principais contribuições de Severino Ngoenha para a construção da Filosofia Africana em geral e nos PALOP em Particular. a construção do texto nasce das recensões feitas à obra Das Indepedências às Liberdades (1993), em que percorremos o fio-condutor que norteia o pensamento paradigmático libertário de Ngoenha. A metodologia aplicada para a efectivação do texto é a Hermenêutica textual. Para Ngoenha a filosofia está na origem da nossa escravatura, da nossa colonização e do nosso actual neocolonialismo. Por conseguinte, ela pode e deve ser um instrumento imprescindível de pedagogia para a nossa liberdade e libertação integral. Na abordagem sobre a problemática da filosofia africana, a sua preocupação fundamental é, por um lado, conseguir fornecer uma continuidade histórica ao debate em volta da filosofia africana, e por outro, garantir um impacto histórico efectivo das ideias filosóficas no tecido social dos PALOP, e de modo especial de Moçambique. Pode-se concluir que, a razão por que o tem preferencial de toda a actividade filosófica de Ngoenha versa sobre a questão da consciência histórica em África, um tema bastante antigo quanto o próprio continente. A filosofia é antes de mais, um estilo de vida, e o filósofo, uma testemunha e um servidor da Maat (a Verdade, a Justiça e o Equilíbrio). A filosofia é uma abordagem teorética e prática das diversas circunstâncias vitais, na tentativa de lhes trazer respostas concretas, por forma a poder garantir um futuro “menus mau” que o presente que nos é dado viver hoje, no continente e nos PALOP, e de modo particular em Moçambique.