Severino Ngoenha: Um Filósofo Nacionalista ou um Resgatador da Historicidade Africana diante do Ocidente?

Luís Cipriano Manuel

Resumo


O artigo trata sobre a recensão crítica de Ngoenha, autor da obra Filosofia Africana: Das Independências às Liberdades, entre outras. Severino Elias Ngoenha olha para o passado e para o futuro do africano e compreende que ele é responsável, tanto pelo seu passado e muito mais pelo seu futuro. Essa visão histórica de Ngoenha não se baseia numa introspecção virada para um simples passado, mas sim, ler o passado, o presente e o futuro e compreender como é que se buscou a liberdade. Ou seja, para Ngoenha, o africano deve ser sujeito da sua história contornando a situação vivida desde a escravatura, quando ele era apenas considerado objecto da história, passando pelo momento em que os países africanos começaram a ficar independentes entre 1958 e 1975, caracterizada pelo escândalo da fome, da ignorância, da mortalidade infantil, da má nutrição, de um nível de vida degradante, e de um número elevado de pobres até contornar o neoliberalismo vivido actualmente.

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