Filosofia Africana - Das Independências às Liberdades, Uma Possibilidade de um Sistema Filosófico Moçambicano

António Dos Santos Mabota

Resumo


O trabalho apresenta três interpretações à obra de Severino Ngoenha, intitulada Filosofia Africana: das Independências às liberdades (1993), por Mudzenguerere (2012), Bono (2012) e Castiano (2012). O objecto é de mostrar o lugar desta obra no seio da reflexão sobre a filosofia africana em Moçambique. A questão que orienta este discurso é de saber se a partir destas interpretações poderá surgir uma linha de construção do que se poderia chamar sistema filosófico moçambicano. Porque a tónica das interpretações consideradas aqui refere-se à necessidade de o africano assumir o papel de fautor da sua história e seu conhecimento, esta questão poderá ser respondida positivamente no futuro se os moçambicanos abraçarem a tarefa de serem sujeitos epistémicos nas diversas disciplinas filosóficas.

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Filosofia Africana

Referências


BONO, Ézio (2012) Muntuísmo: A ideia de Pessoa na filosofia africana moderna. Tese de doutoramento pela Universidade de Bergamo. Bergamo – Itália.

CASTIANO, José (2010) Referenciais da Filosofia Africana: em busca da intersubjectivação. Maputo: Ndjira.

MUDZENGUERERE, David (2012) Da liberdade ontológica sartriana à liberdade historicisada ngoenhiana. Dissertação de mestrado pela Universidade Pedagógica Moçambique. Maputo - Moçambique.

NGOENHA, Severino (1993) Filosofia Africana: das independências às liberdades. Maputo: Edições paulinas.

SARTRE, Jean-Paul (1943) O Ser e Nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 24ª Edição, Petrópolis: Vozes, 2015.

TEMPELS, Placid (1952) Bantu Philosophy. Translated by Colin King, M.A, Paris: Présence Africaine, 1959.

TUNHAS, Paulo (2012) O Pensamento e seus objectos: maneiras de pensar e sistemas filosóficos. Coleção MLAG Discussion Papers, vol. 5. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto.


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